domingo, 2 de novembro de 2008

BANCA E FUTEBOL



Qual será a relação entre Banca e Futebol? Entre o antigo Crédito Predial Português, o Millenium BCP, o Jornal de Noticias, a Controlinvest, o seu accionista, a Comissão de vencimentos do FCP?
Qual será o elo Comum?

Para recordar:

J.N. de 2007-08-18

"O mau o vilãoe a RTP
2007-08-18

A RTP exibiu anteontem à noite, em 'prime-time', um documentário sobre Pinto da Costa, intitulado "O bom, o mau e o vilão", (o "bom", como se verá à frente, estava naturalmente a mais) na que terá sido a peça pretensamente jornalística mais parcial da televisão portuguesa dos últimos anos, em que apenas pretendeu - e conseguiu - ridicularizar Pinto da Costa e o Porto.

É difícil entender o que leva a RTP, que até tem um passado de subserviência ao F.C. Porto, aos seus rivais Benfica e Sporting, mas também ao poder político, a decidir-se pela exibição em horário nobre de um pretenso documentário que se limita a recolher e a exibir as piores imagens das últimas três décadas do F.C. Porto, mesmo que não tenham absolutamente nada a ver com Pinto da Costa (uns dois ou três minutos com o episódio da camisola rasgada de Rui Jorge por José Mourinho, situação em que o presidente do F.C. Porto não foi tido nem achado), numa espécie de "worst off" do F.C. Porto.

Logo no início, a narradora informa-nos de que os amigos não quiseram falar, porque Pinto da Costa está de relações cortadas com a RTP e a partir daí, como que aproveitando a deixa, tudo serve para deixar mal na fotografia o presidente do F.C. Porto e quem mais se lhe aproxime - lamentável a insinuação sobre Alípio Dias, quando se diz que foi o Crédito Predial Português que prestou a garantia bancária que travou a penhora do Estádio das Antas. Alípio Dias era então presidente do banco e aparece a abraçar Pinto da Costa e logo a seguir a narradora conclui, insinuante "Hoje é presidente do Conselho Superior do F.C. Porto".

Ao longo de uma hora o tom é sempre de desdém, seja pela imensa série de vitórias nacionais e internacionais da equipa de futebol, que mais não são do que uma nota de rodapé no programa, o que é estranho quando se trata da biografia de um dirigente desportivo, seja pelo gosto por poesia, seja pelas relações afectivas do protagonista, hoje bem conhecidas de todos, quanto mais não seja pelo mediatismo do livro da ex-companheira Carolina Salgado.

De resto, não deixa de ser sintomático que o único ex-treinador do F.C. Porto a falar no documentário seja Octávio Machado, ele que é o único dos ex-treinadores a dizer mal de Pinto da Costa. Bobby Robson, Victor Fernandez, Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Quinito, Ivic, António Oliveira, Fernando Santos treinaram o clube. Todos já tantas e tantas vezes falaram publicamente bem de Pinto da Costa, mas a RTP só recolheu o testemunho de Octávio Machado. Coincidência.

Pinto da Costa está sob investigação, as escutas conhecidas são, no mínimo, comprometedoras e não abonam nada a favor do presidente do F.C. Porto. A justiça, cedo ou tarde, se encarregará de demonstrar a responsabilidade de Pinto da Costa. A RTP, no entanto, considera que se trata de serviço público fazer o julgamento televisivo, apresentando uma hora de emissão em que o melhor que se ouve é quando Jorge Costa diz que o F.C. Porto é obra de Pinto da Costa.

Goste-se ou não, é capaz de haver um bocadito mais de coisas a dizer, como acentuar o sucesso desportivo do clube, as contratações bem feitas, que permitiram, por exemplo, aproveitar Deco e Maniche, dois proscritos do Benfica, fazê-los campeões da Europa e transferi-los por milhões de euros, etc, etc.

A perspectiva de serviço público da RTP é tanto mais curiosa se recordarmos que em 2003, no ano em que o F.C. Porto venceu a Taça UEFA, o canal público não transmitiu os jogos em casa do clube, não porque algum concorrente se tenha antecipado e comprado os direitos, mas apenas porque a RTP considerou que era dinheiro mal gasto. O critério, curiosamente, já não foi o mesmo em 2005, quando o Sporting foi à final da Taça UEFA, ou na época passada, quando o Benfica chegou aos quartos-de-final. Neste caso, a RTP até chegou a transmitir as meias-finais na RTP-N porque já tinha comprado o jogo em casa do Werder Bremen, adversário da equipa portuguesa, caso esta tivesse chegado às meias-finais. Isto para não falar do Verão de 2003, quando a RTP se preparava para não transmitir a final da Supertaça europeia, entre F.C. Porto e Valência, alegando, primeiro, que o jogo não era oficial, depois, que não se tratava de final.
Aliás, para que estas coisas sejam realmente transparentes - e a RTP é uma empresa pública, subsidiada por todos nós, com obrigação de boas práticas e contas claras -, a estação deveria, por exemplo, tornar público quanto pagou pela transmissão de jogos do F.C. Porto, do Benfica e do Sporting nos últimos cinco, dez ou 15 anos. Todos perceberíamos melhor o conceito de serviço público para a RTP e o documentário de anteontem à noite"


Pergunto-me quem terá sido o jornalista anónimo que escreveu este brilhante artigo? Porquê tanta preocupação em ilibar os personagens referidos?

Quem são os bancos que históricamente têm apoiado o FCP(e não falo de publicidade1), prestando um brilhante serviço à comunidade? Quantos dirigentes bancários foram contemplados com "Dragões de Ouro" ? Será que também tiveram presentes de "fruta", ou esta foi só supostamente para os arbitros? Porque é que outros bancos fogem deste tipo de apoio aos clubes de futebol? Afinal eles até dão lucros espetaculares! Os resultados no campo é que são cada vez piores!

QUAL FOI O DESFECHO DESTE "GAMBLING"?

JN 2008-05-30 "BCP pede pena de oitoanos para Espregueira

Nuno Miguel Maia

Sem quantificar pena concreta, a procuradora do Ministério Público da 1.ª Vara Criminal do Porto pediu ontem a condenação de Nuno Espregueira Mendes, ex-gerente do Banco Mello (agora integrado no BCP) e hoje administrador de uma empresa do grupo F. C. Porto, por crime de burla qualificada cometido entre 1996 e 1998. Nas alegações finais do julgamento que dura há um ano, só Joana Domingues, advogada do BCP, foi mais concreta "uma pena próxima do máximo" da moldura penal aplicável - oito anos de prisão -, para quem acusou de "enriquecimento ilegítimo claríssimo".

Os prejuízos globais do banco, resultantes da conduta alegadamente criminosa, foram quantificados pela causídica como rondando os 10 milhões de euros - exigidos ao ex-gerente da agência nas Antas, Porto, num processo que ainda corre no Tribunal do Trabalho.
Já a procuradora Maria Luísa Dias indicou uma verba próxima de 3,750 milhões de euros como prejuízos imediatos, decorrentes dos valores que o banco teve de pagar a clientes, em consequência da desvalorização, em 1998, das acções da bolsa, para não os prejudicar nos juros de depósitos a prazo contratualizados com Espregueira Mendes. Ao todo, durante dois anos e meio, a agência das Antas do Banco Mello terá movimentado 20 milhões de contos.

Tanto o Ministério Público como a causídica do BCP dão como assente que o banco não tinha o dinheiro na sua posse, "desconhecia" os contratos de Espregueira com os clientes e que só supunha que estes aplicavam o dinheiro em acções, o que aconteceria por acção do gerente, sem conhecimento dos clientes.

Por outro lado, com esse alegado esquema de banca paralela, o gestor terá emprestado dinheiro a amigos e pessoas ligadas ao F. C. Porto - clube do qual também captava recursos financeiros, através dos futebolistas.

Mas o advogado de Espregueira Mendes, Gil Moreira dos Santos, argumentou que "o dinheiro entrou sempre no banco", que a atribuição de juros elevados era conhecida pela hierarquia - tanto que até um administrador e um director do "Mello" investiram em depósitos a prazo promovidos pelo então gerente - e que o banco terá ganho muito dinheiro com isso. "O banco perdeu dinheiro? Mas quantos milhares ganhou com as aplicações que recebeu? Teria ganho tanto sem esse dinheiro? E sem a oferta dos juros, esse dinheiro teria ido para lá?", questionou, admitindo, apenas, que "por causa do risco" das aplicações na bolsa, o ex-gerente tivesse cometido o crime de infidelidade (até três anos de prisão, já prescrito) ou abuso de confiança (até cinco anos).

O defensor acusou ainda o BCP de ter utilizado "off-shores" bem recentemente e de não ter colaborado com a Justiça neste caso "por causa do sigilo bancário".

Após ouvir as alegações, Espregueira pediu a palavra para dizer que só visou dar lucro ao banco. A decisão será lida no próximo dia 27."

Alguém sabe qual foi o desfecho deste caso? Silêncio.....

SÓ PARA NÃO ESQUECER!

Artigo do JN: "Venda de acções do BCP deu origem à maior coima de sempre em Portugal
2008-08-18

Lisboa, 18 Ago (Lusa) - As razões que levaram a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a aplicar uma coima de três milhões de euros ao BCP, hoje confirmada oficialmente pelo regulador, remontam às campanhas de venda de acções realizadas pelo banco no início da década.

Na altura, segundo documentos internos do banco a que a Agência Lusa teve acesso, os funcionários do BCP receberam instruções para venderem o maior número possível de títulos do banco a clientes de retalho, se necessário com recurso a crédito, sendo-lhes igualmente fornecidos os argumentos que deveriam utilizar para convencerem os clientes.

"O investimento no sector da banca caracteriza-se por uma menor volatilidade do que o investimento em outros títulos, sendo recomendado para investidores de baixo risco", refere o "argumentário de venda" de uma circular enviada pela Direcção de Marketing do BCP aos responsáveis dos balcões, em Julho de 2000, quando a instituição era liderada por Jorge Jardim Gonçalves.

"Os clientes beneficiam de uma linha de crédito, em condições vantajosas, para a aquisição das acções", lê-se na mesma circular.

"A compra de acções do BCP é recomendada por especialistas financeiros. Os bancos Salomon, Smith Barney, ABN Amro e Deutsche Bank recomendam a compra de títulos BCP, (..). O 'target price' médio destes especialistas é de 6,59 euros (variação entre 5,7 e 7,5 euros)", refere ainda o documento elaborado pela Direcção de Marketing.
Os funcionários eram incentivados a vender o maior número possível de acções, recebendo contrapartidas financeiras pela 'performance' na venda de títulos.


"Dada a importância estratégica desta campanha, foi instituído um sistema de incentivos que se traduzirá na atribuição (...) de 25 euros por cada novo accionista e 0,10 euros por cada acção colocada. Estes valores serão adicionados à margem de contribuição do balcão", refere o documento.

E acrescenta: "Cada balcão só terá cumprido com os objectivos no caso de, no final da campanha, ter cumprido integralmente quer com os objectivos estabelecidos para a captação de novos accionistas, quer com os objectivos estabelecidos para a aquisição de acções".
Os funcionários eram recordados de que era necessário que o banco se antecipasse "junto dos clientes [com] um enorme potencial de colocação".
"Vamos aproveitar os contactos dos nossos clientes para acções de venda sistematizadas", lê-se na missiva.
A CMVM considera que esta estratégia constituiu uma prática excessiva de intermediação financeira, que é proibida pelo artigo 310 do Código dos Valores Mobilários, o qual estipula que os bancos devem "abster-se de incitar os seus clientes a efectuar operações repetidas sobre valores mobiliários (...)", proibindo igualmente "a concessão de crédito para a realização de operações".
Além disso, a CMVM considerou o BCP culpado de violação do dever de evitar conflitos de interesses, de violação do dever de conservadoria e de violação do dever de prestar informação de qualidade à entidade de supervisão, dando origem à maior coima alguma vez aplicada em Portugal.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Millennium BCP não quis comentar. O banco já impugnou a decisão da CMVM, recorrendo para os tribunais.
FAL
Lusa/Fim

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O PAÍS QUE TEMOS É O QUE MERECEMOS?


- Um jovem de 18 anos recebe Eur 200 do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma Eur 236 depois de toda uma vida do trabalho.

-Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco.

-O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro.

-Um professor é sovado por um aluno ou pelas mães dos alunos e o Governo diz que a culpa é das causas sociais.

- O governo incentiva as pessoas a procurarem energias alternativas ao petróleo e depois multa quem coloca óleo vegetal nos carros porque nãopaga ISP (Imposto sobre produtos petrolíferos)

- No exame final de 12º ano quem fôr apanhado a copiar chumba o ano, o primeiro-ministro fez o exame de inglês técnico em casa, mandou por faxe e é engenheiro.

- Uma senhora que vai a conduzir e a falar ao telemóvel em pleno dia na Av.Boavista, vê atravessar-se à sua frente, bloqueando-lhe o caminho, um BMW camuflado da policia. Saem 4 policias e diregem-se à criminosa com ar ameaçador. Um deles tem um papel que os identifica como POLICIA. A mesma senhora está a ser assaltada à entrada de casa e não aparece ninguém!

- Começas a descontar em Janeiro o IRS e só vais receber o excesso em Agosto do ano que vem, não pagas as finanças a tempo e horas passado um dia já estas a pagar juros.

- Fechas a janela da tua varanda e estas a fazer uma obra ilegal, constrói-se um bairro de lata e ninguém vê.

- Se o teu filho não tem cabeça para a escola e com 14 anos o pões a trabalhar contigo num oficio respeitável, é exploração do trabalho infantil, se és artista e o teu filho com 7 anos participa em gravações de telenovelas 8 horas por dia ou mais, a criança tem muito talento, sai ao pai ou à mãe.

Estamos orgulhosos do país que temos!

EUA: A HORA DA MUDANÇA

Quatro dias são uma eternidade na corrida eleitoral, tudo pode acontecer. Já testemunhamos o que acontece quando se mistura política com a questão racial e a ameaça de terrorismo: os eleitores podem mudar seus votos no último minuto se eles acharem que a sua segurança está em risco.

Muita coisa está em jogo nesta eleição – o clima global, a guerra no Iraque, a crise no Irã, o compromisso com os direitos humanos.

As eleições americanas estão na reta final e os conservadores estão a recorrer a tácticas sujas como a distribuição de notícias que associam o Obama ao terrorismo. Eles estão a tentar despertar o ódio contra muçulmanos e estrangeiros, gerando o medo e desconfiança entre os eleitores americanos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

OS RESULTADOS DO BANCO ROSA


Hoje o Banco Rosa publicou no site da CMVM (site muitíssimo interessante que recomendo visita assídua) os seus resultados em apresentação côr-de-rosa, quase a fugir para o vermelho tal como o partido que o comanda e protege.
Analisando os números, devo dizer que é pena não aparecerem os resultados do 3º trimestre, per si, mas sim os resultados Year To Date, ou seja, desde o dia 1 de Janeiro.
Os custos com pessoal cresceram (será que estão lá as célebres indemnizações milionárias dadas a quem devia estar a ver o sol aos quadrados, em vez de estar a ver o sol dourado?) Eur 30 M num ano, mas curiosamente os custos com pessoal no 3º trimestre não diminuíram, como estava anunciado! Afinal essa redução aparece destacada em "Itens Específicos"com o nome pomposo de "redução da periodificação(arre...!)da remuneração variável de 2007": uns meros Eur 13,2 M!
Ainda nos itens especificicos com (*****) lá aparece a famosa menos-valia da participação do Banco Rosa no BPI: uns parcos - Eur 215 M !!! Mais de metade dos proveitos da actividade normal do Banco,meras aplicações VS empréstimos, que devia ser aquilo que os Bancos deviam fazer melhor, em vez de se andarem a cruzar uns com os outros numa grande promiscuidade. Não admira que qualquer dia, em vez de lhes chamarem "resultados e comissões do negócio "core", passem para o negócio "hard-core"!
O valor de mercado dos colaterais do crédito diminuiu? Venham os "modelos de imparidade" para reforçar a diferença nas provisões. Porque se forem aos clientes pedir reforço de colaterais ainda levavam mais uns tiros ou uns socos nas trombas.
Finalmente veja-se o slide das "emissões projectadas"até 2009: já vai em Eur 5 mil milhoes?! Com ou sem a "formosa" garantia do Estado Português? Chamam-lhe "pool" porque se estão a afogar! Aliás os estrangeirismos usados nestes slides são uma parolice "Varada".
Por ultimo, é interessante reparar que o Fundo de Pensões da EDP tinha em 30 de Junho, as reformas dos seus trabalhadores enterrados em 1,1% do capital do Banco Rosa e que agora valem quanto, adivinhem?
Mais um pequeno pormenor: as relações com os Institucionais ficam a cargo dos senhores Pedro ESPERANÇA M. e do Francisco P. VALENTE ! É disso que precisamos: esperança e valentia e melhor fariam em mudar-se de vez para a Polónia, onde os clientes continuam muito "crentes".

domingo, 26 de outubro de 2008

O MELHOR LIVRO, A MELHOR ENTREVISTA




Este é um exemplo a seguir por todos os que trabalham na banca! Pelo menos por aqueles que se revoltam contra o actual sistema que os gere, os obriga a mentir e enganar os clientes, que os tentou transformar em meros vendedores de seguros, de faqueiros, de telemóveis...!!!

Para todos aqueles cujos principios foram violados, espezinhados, enxovalhados e que ainda sobrevivem no mundo financeiro de bancários "feitos à pressa"!

Para todos aqueles que tiveram boa formação, dada por verdadeiros banqueiros já reformados ou expulsos do sistema e que hoje são comandados por saloios de meia branca (entretanto já trocada pela preta), saloias vindas da provincia, sem qualquer principio a não ser a ganância de ganhar o prémio de final de ano, que já não sabem o que fazer a tantos cheques Fnac, cruzeiros, gps's e plasmas, recebidos a troco de enganar os clientes com más aplicações do seu capital!

Grande exemplo o do João Ermida! Parabéns!